Lembro-me bem do meu primeiro modem: 56kbps, cheio de luzinhas e barulhos estranhos a estabelecer ligação e afins. Depois do modem tinha uma rede de 10Mb espalhada em casa e só por cabo físico.
Estas velocidades servem só para mostrar que em pouco mais de 10 anos a capacidade de comunicação evoluiu imensamente, ao ponto de que as ligações para fora de casa como as internas podem andar na ordem dos Gigas, bits e bytes respectivamente.
E agora eis que a velocidade sem fios entra num novo ciclo de actualização e superior capacidade de comunicação através do WiFi 802ac.
A velocidade atingida pelo novo standard 802ac quase triplica a capacidade do anterior 802n e está à espera da aprovação da entidade responsável, o IEEE, ainda para este ano.
Mas mesmo sem aprovação e tal como a versão WiFi-n, a versão WiFi-ac também já começa a estar presente em hardware, ainda que em versões de rascunho, esperando que a versão final quando chegar possa actualizar o material já presente no mercado. A Apple e a Buffalo não estão com meias medidas e já têm no mercado soluções que tiram partido desta evolução das redes WiFi.
A evolução, dum ponto de vista mais técnico, passa por tecnologias de beamforming e modulação de amplitude aplicadas ao sinal rádio emitido.
Beamforming, explicado em miúdos, é uma técnica que ao contrário da forma de emissão e recepção de sinal omnidireccional, opta por direccionar o sinal. Tem mais detalhes, mas na prática o sinal é emitido duma forma a ‘contornar’ cantos e áreas que doutra forma teriam sinal mais fraco por ter de atravessar, por exemplo, uma parede.
Modulação de amplitude é o nosso conhecido, e pouco usado no nosso país, AM em contrapartida com o FM das rádios que é uma modulação por frequência.
Assim, o WiFi 802ac permitirá não só transportar e transmitir mais dados e informação como também aposta numa poupança de recursos energéticos por parte dos aparelhos que o usam, como os smartphones, tablets, portáteis, TVs e afins.
A maior capacidade de dados só por si poderá trazer um novo paradigma na utilização dos nossos electrodomésticos, nomeadamente no que diz respeito a vídeo não comprimido e de alta qualidade: a utilização de uma DLNA caseira irá melhorar em muito a capacidade de partilha de informação sem necessidade de compressões ou perdas de qualidade. Ter o PC num quarto e o sistema de entretenimento da sala terá uma solução tranquila e sem complicações de cabos.
Bom, agora é esperar que o ‘sinal’ da IEEE fique verde para o novo sinal WiFi avançar 
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