A partir de hoje começo escrever sobre algumas notícias interessantes que passaram por aqui, em doses curtas, e que renderam ou renderão comentários por aí.
O Google anunciou para o próximo dia 30 de setembro o fim do Orkut. É o fim de um produto que mudou a forma do mundo se comunicar. As pessoas sempre buscaram formas de melhorar e facilitar a comunicação, e o Orkut caía como uma luva nas mãos que gastavam grande parte dos seus dias nos teclados, especialmente no Brasil.
Muitos acreditam que o Facebook tenha sido o único responsável pela morte da rede social do Google, mas houveram outros fatores. O modelo de rede social dos dois sítios sempre foi diferente. Havia no Orkut uma série de comunidades onde as pessoas se incluíam naquelas que apresentam afinidades com seus pensamentos. Isso pode ter sido uma das razões para a grande migração dos usuários para outras redes. Coisas infundadas como “Odeio acordar cedo” começaram a se tornar um incômodo para quem participava da comunidade e precisava se submeter a um vasculhamento de seu perfil em seus trabalhos. Afinal de contas, nenhum patrão gostaria de saber que seu funcionário participava de uma comunidade chamada “Odeio meu chefe”.
Me lembro de uma charge onde a empresa de RH deixava de lado o currículo do pretenso funcionário para vasculhar seu perfil no Orkut e decidir ou não pela sua contratação. Poucas as pessoas e empresas conseguiam distinguir vida pessoa e profissional. Poderia ter sido apenas um probleminha, mas diante da possibilidade de migrar sua vida digital para outra rede que em tese não expunha tanto quanto a outra, foram mudando de lugar e cometendo “orkuticídio”, termo utilizado por quem apagava seu perfil repentinamente.
A verdade é que as pessoas gostam de estar em locais onde outras pessoas estão, e a necessidade que sentem de publicar suas vidas e saber das vidas dos outros sustentam o sucesso das redes sociais. Muda a receita, mas ninguém quer deixar de comer o bolo.
